Manifestante diz que intenção era mostrar como os animais se sentem.Segundo organizadores, atos acontecem em 40 países nesta sexta*
Publicado originalmente no G1
Jovens entraram em jaulas para protestar contra a extração de peles de animais (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Três mulheres ficaram engaioladas na manhã desta sexta-feira (28), no canteiro central da Avenida Paulista, como parte de um protesto conta a indústria da extração de peles dos animais. Cerca de 50 pessoas se reuniram no local, em uma manifestação que, segundo os organizadores, faz parte das cerca de 100 ações mundiais realizadas em 40 países nesta sexta.
Os manifestantes se reuniram entre a Alameda Joaquim Eugênio de Lima e a Rua Pamplona, distribuindo panfletos e empunhando faixas. Com um megafone e apitos, eles tentavam chamar a atenção dos pedestres e motoristas. Para a estudante e vendedora Renata Almeirda, de 19 anos, uma das engaioladas, o ato traz a oportunidade de se sentir como os animais. "Vou sentir um pouco na pele o que os animais sentem, o mínimo do mínimo. É só o começo de tudo que eles sofrem", disse ela, vestindo uma malha cor de pele e coberta de tinta vermelha para simbolizar o sangue.
Dentro da gaiola, a advogada Juliana Galisteu, de 29 anos, afirmou que a ação ajuda os próprios ativistas a sentir a causa que abraçam. "Estou me sentindo o próprio animal, é um desespero terrível. Só fazendo algo assim para sentir na pele a causa que a gente abraça". As manifestações em todo o mundo nesta sexta – o chamado "Sexta-feira Dia Mundial Sem Pele" - são coordenadas pela Coalizão Internacional Anti-Pele. No Brasil, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Recife, em Pernambuco, também devem ter ações.
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