Exemplo de persistência mostra que as histórias de animais perdidos podem ter final feliz

Meus amigos,

Quero dividir com vocês uma coisa muito legal que aconteceu comigo.

Por duas vezes noticiei aqui o desaparecimento do Brox. Entre tantas situações tristes que vemos com animais no dia-a-dia, o caso dele me tocou profundamente. Talvez porque ele tenha um jeitinho parecido com a minha Pepita... ou talvez porque eu ficava imaginando o que poderia estar vivendo aquele cachorrinho que aparece nas fotos com a carinha tão alegre. Mas de qualquer forma, o caso do Brox me pegou de jeito, chorei algumas vezes olhando pra fotinho dele e desejando do fundo do meu coração que ele pudesse voltar para casa. Já havia me dado por muito satisfeita quando em 4 de julho recebi um e-mail comunicando que o Brox tinha sido encontrado. Comemorei a boa notícia correndo para divulgá-la aqui. Eu não sabia que ainda teria um algo a mais.

O algo a mais foi um presente que o acaso me deu. Costumo ir para uma casa em Ibiúna sempre que dá uma folguinha na vida. Para aproveitar o feriadão da Revolução Constitucionalista, cheguei lá em 7 de julho e logo saí andando pelo terreno para ver como estão as plantas. Em menos de 2 minutos, apareceu do outro lado da cerca uma senhora que começou a falar com a caseira e comentou com ela, apontando para o cachorro: "acredita ele ficou 4 meses perdido e nós o reencontramos?" Olhei para ele e no mesmo instante vi que era o Brox e falei o nome dele. A senhora confirmou que era o próprio e contou toda a história, dando os detalhes da batalha para reencontrá-lo. Foram 4 meses de muita bateção de perna pra baixo e pra cima seguindo pistas que davam em lugar nenhum. Eles chegaram a ir a Santo André pois alguém havia encontrado um cachorro que poderia ser o Brox. Da Serra Gaúcha chegou o e-mail de alguém avisando que um cachorro muito semelhante havia aparecido por lá. Chegaram até a ir reconhecer o corpo de um outro cachorro que havia sido atropelado e o coletor de lixo achou que pudesse ser o Brox. Tanto fizeram que o caso chegou a ser divulgado nos programas do Gugu e da Luísa Mell.

Ao longo desse tempo o casal nunca desistiu e continuou colocando anúncios e cartazes em locais cada vez mais distantes. Até que um dia, o telefonema de um segurança do depósito do Pão de Açúcar na via Anhangüera anunciou o fim da tristeza. "Tem um cachorro parecido com o seu vivendo numa mata cerrada aqui atrás do depósito". Estava dada a largada para o reencontro. Depois de várias indas e vindas sem sucesso atrás de Brox (que resolveu ficar uns dias sem aparecer), na noite de 27 de junho o casal voltou ao depósito e Brox apareceu. No começo ainda estava muito assustado e não foi fácil pegá-lo. Mas nada que a oferta de ração e bifinhos não vencesse. Nessa mesma noite, Brox reencontrou e abraçou seu mano Kim (o poodle branco da foto acima) e dormiu em sua própria caminha.

Depois de ver, como eu vi, o Brox correndo livre e feliz pelo seu jardim novamente, após 4 meses de medo e pensamentos tristes, tirei uma lição dessa história. A persistência do casal é um exemplo de vida. O casal nunca cansou de procurá-lo, teve a disposição firme de ir atrás de qualquer pista e de sair pelas ruas colando cartazes e perguntando a todos se tinham visto aquele cachorro. Isso comprova a máxima popular do "quem procura acha". Se o seu animal está perdido, siga esse exemplo. Saia pelas ruas perguntando, pregando cartazes, investigue as pistas que receber, mande e-mails com fotos, enfim, ponha a boca no mundo! Se o Brox pôde ser reencontrado após 4 meses andando sozinho em locais perigosos como uma rodovia, o seu animal também tem chances. Tome essa história como exemplo e vá à luta! Um grande VIVA para o Brox e meus parabéns ao casal que fez de tudo para ele voltar para casa!